- REcorte da ENTREV. de hoje, pelas 90 PRIMAV.as
[...] Comecei tarde e a escrever mal. Lembro-me do professor Orlando Ribeiro corrigir os meus textos, eu já como assistente, e era uma vergonha. Não fui bom aluno a Português, mas aprendi a escrever português. O português a que chamo o “português do granito”, que era aquele puro do professor Carlos Teixeira, que era sujeito, predicado, complemento directo. Sem arabescos, sem querer ter estilo, puro como o granito. O português de Carlos Teixeira, na simplicidade, firmeza, limpidez e rusticidade da prosa, representa nesta associação o granito. Orlando Ribeiro tinha uma escrita mais poética.