os ventos percorrem
com os lábios
o que foi combinado OU diálogos de proximidade entre as «várias artes» da Palavra; termos, conceitos, recursos, orientações, aberturas
- 86-87 a 92, Nova; lembra-se D. de os colegas MOÇ.os comentarem a inclusão da obra de Honwana nos progr.as escolares...; mas não vai agora «inventar pormenores de Memória»...;
- vários artigos, no Ípsilon, sobre «Nós matámos o cão tinhoso»: AQUI; AQUI; ENTREv. a Ondjaki
- muitas vezes, nos Qd.os, propôs sobretudo «As mãos dos pretos» - RECORTE:
ROUBADO A CESÁRIO
Mais tarde, pela fresca, fomos todos
roubar
ameixas. Em algum momento,
nunca
se soube qual,
de tão
carregado que estava
um dos
troncos cedeu ao peso dos frutos
e
tombou por terra. Julguei que esse tinha sido
o ponto
alto do dia, com os cestos
a
abarrotar, cheios até cima,
mas tu
enrolaste o cabelo num novelo
e
prendeste-o com um lápis no topo da cabeça,
aparentemente
sem te dares conta do que fazias.
Como um
rasgão, em surdina,
eu vi a
curva perfeita do teu pescoço.
- antiquíssima questão - agora (quase) solucionada pela «teoria de uma Contrafacção posterior? - artigo do Ípsilon:
Um editor do século XVI que fez uma impressão-pirata d’Os Lusíadas
No ano em que começam a comemorar-se os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, que não se sabe ao certo quando nasceu, e no dia em que se assinala mais um aniversário da data de publicação d’Os Lusíadas (também ela, na verdade, ignorada), há pelo menos um enigma secular que pode mesmo ter sido resolvido: novos dados parecem indicar de forma concludente que a primeira edição da épica camoniana, saída dos prelos de António Gonçalves em 1572, em Lisboa, foi mesmo objecto de uma contrafacção, produzida poucos anos depois, quando o poeta já tinha morrido. [...]