JEAN MANZON/CEPAR CULTURAL, SÃO PAULO; CORTESIA DO MUSEU DO NEO-REALISMO, VILA FRANCA DE XIRA
Amália cantando nas ruas típicas de Lisboa, (do «dossiê») da revista »E» do «Expresso», de 20-06-2020
Recorte do artigo de António Valdemar:
[...] A polémica desencadeada por Amália, apesar da repercussão que obteve nos principais órgãos da comunicação social, assumiu características diferentes da intervenção radical de Aquilino. Verificou-se quando, em 1965, Amália cantou, pela primeira vez, versos de Camões, reunidos num disco com o título “Com Que Voz”, lançado por Valentim de Carvalho, o seu editor tradicional.
A música era de Alain Oulman, nascido em Portugal, na Cruz Quebrada, judeu de origem francesa e açoriana oriundo da família Bensaúde, amigo e colaborador de Amália. Além do fado ‘A Minha Terra É Viana’, de Pedro Homem de Mello, aproximou Amália de outros poetas contemporâneos ligados à oposição, como Alexandre O’Neill e Manuel Alegre, pois já existiam relações pessoais e familiares com David Mourão-Ferreira. [....]