a) D. nunca escreveu regularmente; nem nestas Casas - desde 2010, já tarde...;
b) D. é um «permanente leitor»; sabe e, ou, prefere, ser o único Leitor do que nestas Casas escreve - pelo menos desde que «a verdadeira, ausente, SOBR.a, «o arrrasou» nesse Capítulo - já há muito tempo...
c) M. E. C. publica, não um livro, mas uma «colecção de frases» (Aforismos ou «um outro Livro do Desassossego»?) num livro sobre «como Escrever para se libertar das regras sobre como Escrever»;
Andava há anos a fazer apontamentos sobre como escrever? |
[...]
É a língua que inventou neste livro, a “língua do quero-lá-saber”?
Não me lembro de escrever isso. Editar é uma coisa separada, é como a avaliação. Com o arrazoado cheio de adjectivos, tens uma coisa sobre a qual trabalhar. Sem essa primeira redacção, estás tramada, não há nada. O primeiro passo é escrever. Não interessa o quê, não interessa o tamanho. Não se pode escrever a tentar imaginar um público. O público é que tem de nos encontrar. Isso eu sei. Gostava de escrever para os jovens, dizer aos jovens o que é que devem fazer, o que é que devem ler, mas os jovens não me lêem. Escreves uma coisa, espetas como um jornal de parede e depois há pessoas que gostam e outras que não gostam. As pessoas é que nos procuram. Andam ali e perguntam: há algum gajo velho, gordo, que escreve sobre comida?
[sublinhados acrescentados]