sexta-feira, 28 de junho de 2024

Camoniana

 - entrevista a Isabel Rio Novo, biógrafa, à «Grande Reportagem», em Junho, 27; escrita de »Os Lusíadas», dilatada no Tempo e no Espaço... 

- [...] «Os Lusíadas são também imagens», Frederico Lourenço a F. José Viegas, a 24-06, no Jornal «SOL»;

- Artigo-Entrevista, a C. M. Bobone, biógrafo,  ao «SOL», a 1 de Julho: «Querer ler de forma virginal Os Lusíadas é entregar-se ao fracasso»;

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Pomar e Fonseca no «724»

TEXTO B 
– Pois é verdade… Isto deu uma grande volta… Aquela raça dos lavradores antigos acabou-se… Os de hoje, se muito têm, mais desejam. Moram nas vilas, põem casa às amantes na cidade, não dão um passo sem ser de automóvel, inventam festas, não há cinemas nem teatros a que faltem. E para um estadão destes é preciso dinheiro e mais dinheiro. Nunca se fartam. […] – Uns tão ricos e outros sem nada… Até devia haver uma lei contra isto. – Haver o quê?!… Estás parva. Pois se os ricos é que fazem as leis!

                 Manuel da Fonseca, Seara de Vento [1.ª edição, 1958], Lisboa, Editorial Caminho, 1984, 12.ª edição, pp. 73-74.

724: «Escolhas múltiplas» para estabelecer uma relação entre as «duas pinturas» (uma plástica, outra verbal) é contribuir para [....] ; [«e o resto não se diz»...]; se Pomar e Fonseca...

- «esta pintura rebenta a tela» - artigo de 2015, do «Observador»  , de antes das ASSS.as

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Campos no «639»

 - afastado, mas não «totalmente», R. destaca, em «tempos camonianos», o poema de Campos, hoje saído no «Grupo B» do 639 [« Máscaras, Espelhos...»]:

Depus a máscara e vi-me ao espelho... 
Era a criança de há quantos anos... 
Não tinha mudado nada... 

É essa a vantagem de saber tirar a máscara. 
É-se sempre a criança, 
O passado que fica, 
A criança. 

Depus a máscara, e tornei a pô-la. 
Assim é melhor. 
Assim sou a máscara. 

E volto à normalidade como a um términus de linha. 

                                    Álvaro de Campos, Poesia, edição de Teresa Rita Lopes, Lisboa, Assírio & Alvim, 2002, p. 514. 

quinta-feira, 13 de junho de 2024

«os Camões de Carneiro»

 - Foto de artigo do «Público-Ípsilon», sobre a exposição e a reabertura da Casa-Oficina do pintor simbolista:

[Auto]Retrato de António Carneiro junto de um estudo para a figura de Camões 
ADRIANO MIRANDA
RECORTE(s):
[...] É aqui que podemos também ver estudos para outra das suas obras mais conhecidas, Camões Lendo ‘Os Lusíadas’ aos Frades de São Domingos (1927), e outras representações do poeta. “Eu bem gostaria de poder mostrar todos os Camões de Carneiro, uma figura com uma importância maior na obra dele”, diz o curador, na expectativa, ainda, de que esse desejo possa vir a materializar-se numa segunda exposição, a decorrer em 2025, e que permitiria igualmente assinalar a importância da sua relação com a literatura [...] [sublinhados acrescentados]

segunda-feira, 10 de junho de 2024

N' A Ilha do Amor (Camões por Helder Macedo)

 - pelos 500 anos, ENTREV.a Helder Macedo, no Ípsilon:“O mal de Camões é que, se ele durasse eternamente, ninguém mais escrevia”

RECORTE(s):

[...] N’A Ilha do Amor — eu chamo-a Ilha do Amor de propósito e não Ilha dos Amores, porque não há muitos; é a Ilha criada pelo amor — há aquele episódio do poeta petrarquista, Leonardo, que vai atrás de uma ninfa a dizer versos queixosos, e os versos são tão bonitos que ela é mais relutante em aceitá-lo, porque está a gostar dos versos. Isto é uma referência implícita a essa situação de usar o petrarquismo; inclusive nessa passagem cita um verso inteiro do Petrarca, em italiano, até que finalmente a ninfa aceita o Leonardo, e “todo se desfaz em puro amor”. É uma transposição no sublime daquilo que era um quotidiano. Estas transposições são extraordinárias. [...]