- pelos 500 anos, ENTREV.a Helder Macedo, no Ípsilon:“O mal de Camões é que, se ele durasse eternamente, ninguém mais escrevia”
RECORTE(s):
[...] N’A Ilha do Amor — eu chamo-a Ilha do Amor de propósito e não Ilha dos Amores, porque não há muitos; é a Ilha criada pelo amor — há aquele episódio do poeta petrarquista, Leonardo, que vai atrás de uma ninfa a dizer versos queixosos, e os versos são tão bonitos que ela é mais relutante em aceitá-lo, porque está a gostar dos versos. Isto é uma referência implícita a essa situação de usar o petrarquismo; inclusive nessa passagem cita um verso inteiro do Petrarca, em italiano, até que finalmente a ninfa aceita o Leonardo, e “todo se desfaz em puro amor”. É uma transposição no sublime daquilo que era um quotidiano. Estas transposições são extraordinárias. [...]