segunda-feira, 5 de março de 2012

Didascálias

Recorte do artigo de Eunice Marta, 17755, de 19-05-2006,  no «Ciberdúvidas»; a ler, na totalidade, AQUI
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Como as didascálias são textos que servem «de suporte da orientação cénica» (Biblos, Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, vol. II, Lisboa/São Paulo, Verbo, 1997, p. 200), as várias formas gráficas escolhidas servem, decerto, para assinalar uma mensagem do autor, de que são um código que representam realidades diferentes, que o autor não quer que passem despercebidas. Essa é a sua forma de comunicar com o leitor, o encenador e os a(c)tores, levando-o a penetrar no universo da ficção que criou.

        Por exemplo, Luís de Sttau Monteiro, em Felizmente Há Luar!,
- usa notas à margem a negrito [sempre que dá indicações do carácter das personagens, do seu estado de espírito no momento, das suas emoções e reacções a qualquer fa(c)to, algo que implica um grande conhecimento da densidade psicológica das personagens, do domínio do secreto, do particular],
- texto em itálico entre parêntesis [para dar conta das atitudes, dos movimentos, dos gestos, da luz que incide sobre este ou aquele, tudo o que é do domínio social, que é ou pode ser visto por qualquer um que esteja presente na a(c)ção]
- e o texto em itálico sem parêntesis com que introduz cada um dos a(c)tos [que nos apresenta o espaço cénico, o ambiente físico e social do início da a(c)ção].

[sublinhados acrescentados; alguma «reorganização gráfica»]

ver ainda:

a) «Sobre o texto dramático», de Edite Prada - 09/07/2007 - n.º 21152 - AQUI

b) verbete de Alice Mendes, com exemplos de peças de várias épocas, no E-DTL


Aparte e monólogo

Artigo do Ciberdúvidas, de 22 - 11- 2011, n.º 30193, da autoria de Eunice Marta, com exemplos de Frei Luís de Sousa, e respondendo à pergunta formulada e colocada em Etiqueta no «aapalavrado»

[acessível a  todas as Almas]