segunda-feira, 21 de agosto de 2017

APAGA - APAGA

278

Impelir uma frase até ao limite da sintaxe. E ficar depois de guarda ao seu pulsar de pássaro cansado rente à tarde. E apagá-la da página de novo inacabada. Soltá-la para que regresse ao caos onde dormem em segurança todas as frases.

Ivone Mendes da Silva, Dano e virtude, Língua Morta, 2017 (Julho), p. 133