sábado, 29 de fevereiro de 2020

«escrever bem» (A mitologia do) - V. Pulido V., por A. Guerreiro

- reflexão com destinatários vários, na crónica de António Guerreiro, no Ípsilon de ontem, na página 30; 
RECORTE:
[...]Escrever bem é, em suma, uma qualidade inidentificável e vazia. Não significa nada e não pode responder a exigências normativas porque, nesse caso, corresponderia a uma fórmula estereotipada. Escrever bem é como o unicórnio e outros animais imaginários. Também não é o contrário de escrever mal. [...]

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

«ao nível de», M. E. C.

- na Crónica de ontem, M. E. C. «arrasa» a expressão, que confessa também ter «praticado», retomando a Lição Paterna...

Recorte inicial:
A linguística ensina que é quem usa a língua e a maneira como decide usá-la quem manda nessa língua, para desgosto dos mestres nominais.
Pois eu, no princípio dos anos 70, lembro-me do meu pai fulminar contra a minha recém-adquirida gracinha de dizer “ao nível de” a torto e a direito. 
 Cada vez que atravessávamos uma passagem de nível ele lembrava-se desse meu tique
Passa entretanto meio-século e estou a ouvir rádio no carro. Alguém explica que “há problemas a nível do pessoal, problemas a nível da empresa e ainda problemas a nível da legislação” [...]

domingo, 23 de fevereiro de 2020

«Levantado um Estilo» (Saramago)

Apresentação de «Levantado do 
Chão»
[foto reproduzida do «Blogue»
ao lado referido]
- do prémio «Cidade de Lisboa», lembra-se D., pois começou a trabalhar na «Mercearia», na MADR., por Setembro-Outubro de 81...; 
- do lançamento, na «Casa do Alentejo», em 22 de Fevereiro de 80, não - foi o ano da FACOMA., da «quase-úlcera», da seca de Verão, do Agosto a pintar a casa do F....;

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

tão curta a frase, tão longa a «calinada»

«Lisboa priveligia preço em deterimento do ambiente para renovar autocarros»

[DAQUI]  - às 13 e 30, F. verificou que foi corrigido - ainda bem - OU a vantagem de não ter saído em papel?

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Eugénio

- relocalizada, na Casa do Grupo «RTP», a Lista, de Junho de 2015, «Celebrando Eugénio de Andrade» - textos críticos e poemas  ditos e, ou, cantados e, ou, «videografados», por diversas vozes e estilos musicais, de origens diversas…; com (alguns dos) retratos de E. de A., ao fundo…:

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Significado e Sentido(s) - Carlos Reis, sobre Saramago

Recortes (truncados) de Ensaio do Professor Carlos Reis:
[sublinhados acrescentados]
[...] Insisto: em vários momentos da sua produção narrativa, os romances de José Saramago vão construindo uma dispersa teoria da linguagem, da literatura e do relato, [...]. Essa teoria fragmentária envolve categorias muito variadas e às vezes complexas, de certa forma testadas na cena discursiva da ficção. Atente-se num comentário do narrador, logo depois de um diálogo entre duas personagens de Todos os Nomes: “Ao contrário do que em geral se crê, sentido e significado nunca foram a mesma coisa, o significado fica-se logo por aí, é direto, literal, explícito, fechado em si mesmo, unívoco, por assim dizer, ao passo que o sentido não é capaz de permanecer quieto, fervilha de sentidos segundos, terceiros e quartos, de direções irradiantes que se vão dividindo e subdividindo em ramos e ramilhos, até se perderem de vista, o sentido de cada palavra parece-se com uma estrela quando se põe a projetar marés vivas pelo espaço fora, ventos cósmicos, perturbações magnéticas, aflições”. A citação é longa [...]  mas necessária, para o que agora interessa: sublinhar a relevância de uma indagação acerca do potencial de explosão semântica das palavras, disseminando sentidos que vão além dos seus significados mais triviais e (diz o narrador) fechados sobre si mesmos. À literatura, ao romance, à ficção, à poesia e ao teatro saramaguianos não são os significados unívocos das palavras que interessam, a não ser como elementos comunicativos primordiais que a leitura e a interpretação tratam de dilatar. Proposta por quem desenha e aciona aquela estrela que “se põe a projetar marés vivas pelo espaço fora, ventos cósmicos, perturbações magnéticas, aflições”, a palavra (a literatura, podemos entender) de sentido plural é aquela que verdadeiramente faz sentido – porque faz sentidos.  

Carlos Reis, «José Saramago - A literatura como necessidade», JL (número especial), 8 de Outubro de 2018, pp. 10-11

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

D. Sebastião

- citando «M», tudo vai «para o Mar da Idade»...; ano após ano, F. «apaga o mais que pode» as (renitentes) leituras «historicistas» da Obra; o preço tem sido elevado...; do «lado de lá», mais e mais «embotado», não vem curiosidade alguma... (nem se lembra quando foi a última vez em que «esquematizou» a Biografia...)
- caso algum ainda venha a «querer saber», este Verbete será convocado...