sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

«O'Neill por O'Neill»

- D., na fase da «Mercearia» (do final de 81 a Julho de 83) testemunhou a «verve» de  O'Neill aplicada ao quot.o         (« e o resto não se diz...»)
- passaram mais de 30 anos...; não é que tenha deixado de o reler, mas, agora, graças ao (sempre vilipendiado) PROG...., tem que alargar essas leituras (...)
- no Posfácio à nova edição da [...], Maria Antónia Oliveira comenta esse texto lido pelo próprio,«escondido» num disco, de 72, que acompanhava..:

[...]Esse é provavelmente o seu texto mais despojadamente autobiográfico. Curioso é que um testemunho tão importante, em que o poeta se descreve, nunca ele o tenha publicado em letra de forma. E não só o escondeu num disco como lhe deu um título comedido - «o poeta fala do seu livro». Na verdade, nada se diz sobre Entre a cortina e a vidraça, e o título não é senão um disfarce para aquilo que constitui, sem dúvida, um manifesto. Provavelmente por ter este carácter misto de manifesto e de confissão o disse em vez de o escrever. [...]

Maria Antónia Oliveira, («Posfácio»a), Poesias completas & dispersos, 2017, p. 719

domingo, 4 de fevereiro de 2018

«folhear cartapácios» - MEC

- crónica de ontem de M. E. C. - AQUI

Recorte inicial
       Estamos todos a aprender a falar e a escrever português, excepto aquela abençoada multidão que, tendo caído no caldeirão, já sabe tudo de antemão. Sendo omnisciente, não precisa de dicionários ou de livros sobre a língua portuguesa. Sendo jovem e despreocupada, basta-lhe a erudição monumental da Internet. Para quê esfoliar a pele dos dedos a folhear (ou, como eles dizem, a desfolhar) pesados cartapácios (eles dizem catrapázios), quando bastam duas carícias no teclado para esclarecer logo todas as dúvidas num dos magníficos dicionários digitais que até fazem o favor de validar os erros mais populares dos internautas?
[...]