terça-feira, 22 de dezembro de 2020

«desportuguês» OU «a minha pátria é a Língua do Barro»

 - de uma das mais persistentes vozes «anti-acordês», N. P., uma crónica sobre a «Língua de Barro» de Ondjaki        [na ENTREV., de 11 - 12,  ao Ípsilon]

- RECORTE:
[...] A “língua desportuguesa”, na acepção que lhe é dada por Ondjaki, é praticada há décadas, senão mesmo há séculos. Porque tem sido a liberdade estética, aliada às tradições e também às inovações culturais, a alimentar os dicionários e não o contrário; é o barro da escrita, moldado a partir do barro (esse ainda mais indomável) da fala, que vai aos poucos enriquecendo os volumes que registam a evolução da língua na sua forma oral (pela fonética) e escrita. Que isso se deva sobretudo à literatura e à poesia também não é surpresa. Mas os regionalismos, igualmente caldeados num saber antigo, contribuem para tal enriquecimento. [...]

- o mesmo, no VERB. de hoje do «H.as EXT.as» de M. do R. P. («Moldar a Língua»)