RECORTES:
aapalavrado
o que foi combinado OU diálogos de proximidade entre as «várias artes» da Palavra; termos, conceitos, recursos, orientações, aberturas
sábado, 12 de abril de 2025
«o alfabeto é o misturador mais anárquico que existe. Aleluia.» (M. E. C. e as «jornadas VOCA»)
RECORTES:
quarta-feira, 19 de março de 2025
J. B. : Mapa Narrativo
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Da EXPO-página da Livraria Buchholz |
«Um dos maiores desafios ao escrever o romance Ecologia, que propõe uma sociedade em que começamos a pagar pelas palavras, foi alinhar e articular os diferentes planos narrativos que compõem a história. Este mundo em que a linguagem é mercantilizada é-nos explicado através da vida de diferentes personagens, algumas sem ligação entre si. Esta complexidade exigiu que construísse muitos mapas, esquemas, listas, etc., para ir avançando sem me perder (demasiado). O alinhamento de post-its na imagem é um exemplo disso: nele, apercebemo-nos da estrutura do romance (Primeira, Segunda e Terceira Vagas do Plano de Revalorização da Linguagem) mas também do código de cores que usei para distinguir entre personagens, e outros elementos, como os códigos QR. A fotografia foi tirada numa fase não muito avançada da escrita, o que se percebe facilmente pelo pouco desenvolvimento das partes terceira e final.»
JOANA BÉRTHOLOsegunda-feira, 21 de outubro de 2024
«Finisterra», Carlos de Oliveira + 10 poemas lidos por R. M. Martelo
- não sabe R. há quantos anos Finisterra** aguarda para ser «relido»...; [desde a Década de 80?...]; Rosa M. Martelo, Grande Leitora, fala das «Múltiplas Camadas. e Sobreposições..» do mesmo, no «Poema Ensina a...», em Set. [...];
- no «Podcast», aprox.te a partir do minuto 39.º do I, comenta (e discute com R. M.): [...]; Camões («O Céu, a Terra, o Vento...») ; Cesário («Manhãs Brumosas»), ; Pessanha (...); Campos («Ode Marítima»); e, no II: Luiza Neto Jorge («A magnólia»); Fiama Hasse Pais Brandão ("Quando eu vir vaguear por dentro da casa"); [...]; Mário Cesariny («O navio de espelhos»);Herberto Helder («Sei ás vezes que o corpo é uma severa»); - ** a partir do minuto 44..., de novo fala de Finisterra: «Casa na Duna contada de outro modo»...
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
«Cardume», Inês Lourenço
CARDUME
As tuas varinas descalças
todas de negro nas descargas de carvão
já não são noivas que ficaram por casar, mas sim
as mães que embalam futuros náufragos
nas canastras, já não os heróis das Descobertas
mas sim os destinados às tormentas
da faina piscatória. Hoje
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
«Virar o Ananás» (M. E. C.)
- RECORTE(s) da (assertiva?) Crónica de hoje:
No mesmo dia, ouvi dizer de alguém que começa a fartar-se do marido, que está à beira de virar o ananás.
sexta-feira, 30 de agosto de 2024
Mia Couto: «recordação visual e recordação da Voz»
- Entrevista ao «Ípsilon», sobre o anterior livro, premiado, e o próximo, a sair em Outubro [EXCERTO] - RECORTE:
sexta-feira, 23 de agosto de 2024
Eugénio, 2024 + «A poesia não vai»
- resolvida a «longa novela» do(s) Espólio(s), pode a Obra seguir o Caminho destinado, mais e mais Leitores...
A POESIA NÃO VAI
A poesia não vai à missa,
não obedece ao sino da paróquia,
prefere atiçar os seus cães
às pernas de deus e dos cobradores
de impostos.
Língua de fogo do não,
caminho estreito
e surdo da abdicação, a poesia
é uma espécie de animal
no escuro recusando a mão
que o chama.
Animal solitário, às vezes
irónico, às vezes amável,
quase sempre paciente e sem piedade.
A poesia adora
andar descalça nas areias do verão.
Eugénio de Andrade, O sal da língua, 1995
domingo, 4 de agosto de 2024
«um gajo velho, gordo, que escreve sobre comida» + O Caderno (M. E. C.)
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Andava há anos a fazer apontamentos sobre como escrever? |
sexta-feira, 28 de junho de 2024
Camoniana
- entrevista a Isabel Rio Novo, biógrafa, à «Grande Reportagem», em Junho, 27; escrita de »Os Lusíadas», dilatada no Tempo e no Espaço...
- [...] «Os Lusíadas são também imagens», Frederico Lourenço a F. José Viegas, a 24-06, no Jornal «SOL»;
- Artigo-Entrevista, a C. M. Bobone, biógrafo, ao «SOL», a 1 de Julho: «Querer ler de forma virginal Os Lusíadas é entregar-se ao fracasso»;
quarta-feira, 19 de junho de 2024
Pomar e Fonseca no «724»
Manuel da Fonseca, Seara de Vento [1.ª edição, 1958], Lisboa, Editorial Caminho, 1984, 12.ª edição, pp. 73-74.
724: «Escolhas múltiplas» para estabelecer uma relação entre as «duas pinturas» (uma plástica, outra verbal) é contribuir para [....] ; [«e o resto não se diz»...]; se Pomar e Fonseca...
- «esta pintura rebenta a tela» - artigo de 2015, do «Observador» , de antes das ASSS.as
sexta-feira, 14 de junho de 2024
Campos no «639»
- afastado, mas não «totalmente», R. destaca, em «tempos camonianos», o poema de Campos, hoje saído no «Grupo B» do 639 [« Máscaras, Espelhos...»]:
Era a criança de há quantos anos...
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
O passado que fica,
A criança.
Álvaro de Campos, Poesia, edição de Teresa Rita Lopes, Lisboa, Assírio & Alvim, 2002, p. 514.
quinta-feira, 13 de junho de 2024
«os Camões de Carneiro»
- Foto de artigo do «Público-Ípsilon», sobre a exposição e a reabertura da Casa-Oficina do pintor simbolista:
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[Auto]Retrato de António Carneiro junto de um estudo para a figura de Camões ADRIANO MIRANDA |
segunda-feira, 10 de junho de 2024
N' A Ilha do Amor (Camões por Helder Macedo)
- pelos 500 anos, ENTREV.a Helder Macedo, no Ípsilon:“O mal de Camões é que, se ele durasse eternamente, ninguém mais escrevia”
RECORTE(s):
domingo, 19 de maio de 2024
sexta-feira, 17 de maio de 2024
quinta-feira, 16 de maio de 2024
«A Rima Difícil» OU «emprestar o Nome ao Negócio?»
sexta-feira, 10 de maio de 2024
Cesária
- a «Dívida» a Cesário, sempre assumida, desta vez num livro de 38 poemas, tendo Lisboa «e Tejo e tudo» como um dos Motivos centrais; outras Mãos, que buscam outras «Visões de Artista»...;
Uma imensa tela nos meus olhos
quinta-feira, 18 de abril de 2024
«Dicionários, precisa-se» + «sonhar, verbo intransitivo»
2. Fantasiar; devanear.
3. Ter ideia fixa.
4. Cuidar em.
5. Pensar com insistência em.
"sonhar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
pedem-me que escreva poemas
sobre revolução
mas hoje acordei triste e
não se fazem revoluções
sem alegria. [...]
sexta-feira, 12 de abril de 2024
«Não digas que vais daqui», M. E. C.
- crónica de hoje; RECORTE(s):
É uma expressão magnífica por ser manca. A cabeça estrangeira, ou desabituada do popular, pergunta logo: "Não digas que vais daqui... com quê... ou semquê?" A elipse é tão grávida que promete trigémeos. Mas a elipse só existe se quisermos.[...]
segunda-feira, 25 de março de 2024
«Tu, o mais abstracto dos pronomes,»; Júdice, Nuno
os ventos percorrem
com os lábios
sexta-feira, 22 de março de 2024
Honwana e Ondjaki (60 anos de «cães tinhosos» + «Mãos de pretos»)
- 86-87 a 92, Nova; lembra-se D. de os colegas MOÇ.os comentarem a inclusão da obra de Honwana nos progr.as escolares...; mas não vai agora «inventar pormenores de Memória»...;
- vários artigos, no Ípsilon, sobre «Nós matámos o cão tinhoso»: AQUI; AQUI; ENTREv. a Ondjaki
- muitas vezes, nos Qd.os, propôs sobretudo «As mãos dos pretos» - RECORTE:
Depois de contar isto o Senhor Antunes e os outros Senhores que estavam à minha volta desataram a rir, todos satisfeitos.[...]
sábado, 16 de março de 2024
«Roubado a Cesário» - Parrado, Luís Filipe
ROUBADO A CESÁRIO
Mais tarde, pela fresca, fomos todos
roubar
ameixas. Em algum momento,
nunca
se soube qual,
de tão
carregado que estava
um dos
troncos cedeu ao peso dos frutos
e
tombou por terra. Julguei que esse tinha sido
o ponto
alto do dia, com os cestos
a
abarrotar, cheios até cima,
mas tu
enrolaste o cabelo num novelo
e
prendeste-o com um lápis no topo da cabeça,
aparentemente
sem te dares conta do que fazias.
Como um
rasgão, em surdina,
eu vi a
curva perfeita do teu pescoço.
terça-feira, 12 de março de 2024
«Os Lusíadas» - 1.ª Edição
- antiquíssima questão - agora (quase) solucionada pela «teoria de uma Contrafacção posterior? - artigo do Ípsilon:
Um editor do século XVI que fez uma impressão-pirata d’Os Lusíadas
No ano em que começam a comemorar-se os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, que não se sabe ao certo quando nasceu, e no dia em que se assinala mais um aniversário da data de publicação d’Os Lusíadas (também ela, na verdade, ignorada), há pelo menos um enigma secular que pode mesmo ter sido resolvido: novos dados parecem indicar de forma concludente que a primeira edição da épica camoniana, saída dos prelos de António Gonçalves em 1572, em Lisboa, foi mesmo objecto de uma contrafacção, produzida poucos anos depois, quando o poeta já tinha morrido. [...]
sexta-feira, 5 de janeiro de 2024
«E agora, José?»
- «diálogos intertextuais» com o poema de Drummond são inúmeros - realce-se o de Cardoso Pires; no DOC de 98, cerca do min. 30, AQUI, ou «na página digital» - registe-se outro:
RECORTE(s):
quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
«ricardo reis (o magusto de)» Ou «come castanhas, pequena lídia») ; Graça Moura
o magusto de ricardo reis
(para o josé blanco)
um púcaro com vinho refrescava
sobriamente a sua sede
terça-feira, 12 de dezembro de 2023
«Não é por nada», M. E. C.
terça-feira, 24 de outubro de 2023
«Antes no Chiado do que neste Fado» OU «Tédio oitocentista»
- ouvido no sábado, o POD.s de D. F. - «A contar...», sobre o Género Opereta; - entre os minutos 21 e.... evoca a recentemente resgatada Opereta, incompleta, «A morte do Diabo», de 1869, do «jovem Eça» e de Outros [...]
domingo, 22 de outubro de 2023
É a Hora: de Fernão Lopes OU «Vale mais tarde do que nunca?»
- lembra-se: em 9293, no «1.º Bloco» (10.º), passava-se do texto «não-literário» (ou «jornalístico»), na 1.ª Etapa, para os excertos da «Crónica de D. João I» - era uma «espécie de Hecatombe didáctica» [...]; foi depois de novo retirado e, no «Cardápio» actual (desde 2015, pelo menos), ocupa, também no 1.º Bloco, «ainda mais curtos excertos» [...]
- ao longo dos tempos, com Qd.s de «ADV», R. ironizava que, quando argumentistas de língua inglesa o «descobrissem», daria «múltiplos Episódio em Série tipo Netflix»...; já estará menos longe disso, pois a 1.ª tradução integral, para Inglês, está em lançamento - Entrevista com a Investigadora-Tradutora no «DN» - «quase» 6 séculos depois, não se aplicará o Provérbio «Vale mais tarde do que nunca»?
sábado, 30 de setembro de 2023
«falar com a boca toda»
RECORTE (a seguir ao anterior):
quinta-feira, 21 de setembro de 2023
«medo terrível da palavra dúbia»
Para o meu pai, o patoá era algo velho e feio, um sinal de inferioridade. Orgulhava-se de ter podido desembaraçar-se dele em parte, ainda que o seu francês não fosse impecável, mas era francês. [...]
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
«Para o que lhe havia de dar» OU «o problema da colocação dos pronomes» (M. E. C.)
- Crónica de hoje - Recorte(s):
Para mim, o “dar” ainda é mais giro do que o “haver”. De onde virá esta dádiva?
quinta-feira, 17 de agosto de 2023
Musa
[...] Designaram quase todas as mães [...] como musas. [...] O pai não se referia às mulheres da sua vida como musas. Creio que ele não usava essa palavra. Referia-se às mulheres como Stradivarius - violinos, instrumentos, mas não como musas.
Em norueguês, musa (muse) é uma palavra um pouco ridícula, porque não podemos deixar de pensar em rato (musa) e vulva (musa). [...]
segunda-feira, 14 de agosto de 2023
Manuel António Pina
terça-feira, 1 de agosto de 2023
Títulos
- excerto em que o título «Os inquietos» é «filiado» no «Livro do Desassossego»:
[...] Dá muito trabalho começar a movimentar-se todas as manhãs, sobretudo quando se tem 89 anos, e de vez em quando a opção mais óbvia é a de voltar a dormir, ou a de não chegar sequer a acordar. O que é que Pessoa escreve no Livro do Desassossego? Tinha-me levantado cedo e tardava em preparar-me para existir. De vez em quando, antes, Pessoa surgia em conversas enquanto planeávamos o nosso livro - talvez pudéssemos roubar ou dar uma volta ao título de Pessoa, mas é possível que soasse demasiado pretensioso, não deveríamos ter-nos em demasiada conta, é uma arte saber onde está o limite do pretensiosismo, mas funcionava bem como título provisório, talvez encontrássemos outro quando tivéssemos tudo pronto para lançar o livro, mas por aquela altura ele já se tinha esquecido de Pessoa.
Linn Ullmann, Os inquietos, 2023, p. 66
sexta-feira, 14 de julho de 2023
Clima na Literatura (J. B.)
- dossiê no «Ípsilon», de A. A. Soares, sobre o Motivo do Clima na Literatura - com referências a J. B. e outros autores; AQUI
quinta-feira, 6 de julho de 2023
«Appetite for destruction...» - A. Carlos Cortez
- nesta crónica de A. C. Cortez relaciona-se um poema de Gastão Cruz, de «Escarpas», de 2010 [poema e Crónica transcritos AQUI] com o «Provincianismo Tecnológico» que vem dominando Quadrados e não só [...], de caminho, ridiculariza-se a «frase feita» («A Geração mais...»), tão repetida por «quem manda»...
RECORTE:
[...] Mas não era previsível a alienação, a ignorância, a incuriosidade dos "nativos digitais" quanto aos mais diversos saberes, uma vez imersos no mundo digital? Todos vemos que nada leem e pouco sabem, porque se tudo o que importa está "à distância de um clique", tudo o que exija esforço lhes é odioso. Jamais o "como" e o "para quê" das aprendizagens é questionado pelos estudantes. Decorar sem saber, dizer umas quantas coisas politicamente corretas, isso basta para garantir classificações acima do 16. [...]
- [ver tb. a«parte I», Crónica anterior:
Appetite for destruction: os filhos da pandemia (parte 1)
quarta-feira, 21 de junho de 2023
O Motivo da Mão no «639», II
- recorte do segundo excerto, do «Memorial...»:
Nem sempre o trabalho corre bem. Não é verdade que a mão esquerda não faça falta. Se Deus pode viver sem ela, é porque é Deus, um homem precisa das duas mãos, uma mão lava a outra, as duas lavam o rosto, quantas vezes já teve Blimunda de limpar o sujo que ficou agarrado às costas da mão e doutro modo não sairia, são os desastres da guerra, mínimos estes, porque muitos outros soldados houve que ficaram sem os dois braços, ou as duas pernas, ou as suas partes de homem, e não têm Blimunda para ajudá-los ou por isso mesmo a deixaram de ter. É excelente o gancho para travar uma lâmina de ferro ou torcer um vime, é infalível o espigão para abrir olhais no pano de vela, mas as coisas obedecem mal quando lhes falta a carícia da pele humana, cuidam que se sumiram os homens a quem se habituaram, é o desconcerto do mundo. Por isso, Blimunda vem ajudar, e, chegando ela, acaba-se a rebelião, Ainda bem que vieste, diz Baltasar, ou sentem-no as coisas, não se sabe ao certo. Uma vez por outra, [...]
José Saramago, Memorial do Convento, 27.ª ed., Lisboa, Editorial Caminho, 1998, pp. 91-92.
segunda-feira, 19 de junho de 2023
O Motivo da Mão no «639»
- E, no «639», hoje, 19, excertos das obras de Saramago, «centrados» no motivo da Mão [...]
- O primeiro, de O Ano da Morte... , «quase todo», com um «código de cores «semelhante ao usado nos anos finais dos Qd.os:
A rapariga fica de perfil, o homem está de costas, conversam em voz baixa, mas o tom dela subiu quando disse, Não, meu pai, sinto-me bem, são portanto pai e filha, conjunção pouco costumada em hotéis, nestas idades. O criado veio servi-los, sóbrio mas familiar de modos, depois afastou-se, agora a sala está silenciosa, nem as crianças levantam as vozes, estranho caso, Ricardo Reis não se lembra de as ter ouvido falar, ou são mudas, ou têm os beiços colados, presos por agrafes invisíveis, absurda lembrança, se estão comendo. A rapariga magra acabou a sopa, pousa a colher, a sua mão direita vai afagar, como um animalzinho doméstico, a mão esquerda que descansa no colo. Então Ricardo Reis, surpreendido pela sua própria descoberta, repara que desde o princípio aquela mão estivera imóvel, recorda-se de que só a mão direita desdobrara o guardanapo, e agora agarra a esquerda e vai pousá-la sobre a mesa, com muito cuidado, cristal fragilíssimo, e ali a deixa ficar, ao lado do prato, assistindo à refeição, os longos dedos estendidos, pálidos, ausentes. Ricardo Reis sente um arrepio, é ele quem o sente, ninguém por si o está sentindo, por fora e por dentro da pele se arrepia, e olha fascinado a mão paralisada e cega que não sabe aonde há de ir se a não levarem, aqui a apanhar sol, aqui a ouvir a conversa, aqui para que te veja aquele senhor doutor que veio do Brasil, mãozinha duas vezes esquerda, por estar desse lado e ser canhota, inábil, inerte, mão morta mão morta que não irás bater àquela porta. [...]
José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis, 10.ª ed., Lisboa, Editorial Caminho, 1993, pp. 26-27
sexta-feira, 2 de junho de 2023
«Aquilo era mais batata...» = «A frase mais portuguesa de sempre» - M. E. C.
- toda e qualquer a referência ao «Bacalhau Espiritual» remete R. para a C. da C. (78-80), para a Chefe Clot. [...] [«e o resto não se diz»]
quarta-feira, 3 de maio de 2023
«A Pena, a Espada, a Memória», Paula Morão sobre M. A.
- Filipa Leal diz «Letra para um hino», a partir do minuto 17,25...
- [substituir os vários volumes adquiridos ao longo do tempo pelo volume único ora publicado seria não só oneroso como (...)]
- [já agora, o artigo de Afonso de Melo («EX-6.ºDrto»?), a 30 de Março, no «SOL»]
terça-feira, 2 de maio de 2023
«Não sei quantas almas tenho», Norberto Nunes
sábado, 18 de março de 2023
A Escola do Paraíso
- várias têm sido as referências à E. do P., «nestas casas»... - [a primeira obra discutida no Ciclo 02-05...] finalmente, ou de novo, disponível, no caso, como 3.º número da Colecção «Biblioteca P», no «Público», por votos do público - em ed. cuidada e a preço acessível [...]
Parte inicial da Introdução, de Luís Farinha, também ontem publicada no jornal:
domingo, 12 de fevereiro de 2023
Ruben A. : «um estilo nunca em nossa língua usado» (Nemésio)
- é de Dezembro, este n.º 146 da Colecção «O essencial» da INCM, de F. Pinto do Amaral; existia, no sábado, na BERT-ALV, evitando deslocação à Sede; mas também está disponível, generosa e totalmente, na INCM, isto é, em qualquer COMP....
RECORTE daí, da p. 11:
[...] Fica assim destacada como ponto nevrálgico desta leitura a criatividade verbal de Ruben A., que contamina tudo o que escreve com uma dose de originalidade talvez comparável à de um meteoro que passa e nos traz coisas novas, coisas de fora de aqui, coisas de um lado de lá do mundo, em processos de escrita por vezes próximos do surrealismo. Há em Ruben uma consciência disso, mas ao mesmo tempo um arrastar dessa consciência para terrenos novos e inexplorados, regiões da linguagem humana onde ninguém tinha ido — e essa é uma das principais qualidades de um escritor. Tal como afirmou Nemésio, Ruben era detentor de «um estilo nunca em nossa língua usado», numa inquietação literária mas também existencial que marcaria toda a sua vida. [...]
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023
À barca, à barca, houlá! / que temos gentil maré! / - Ora venha o carro a ré!
- «Volta, Mestre Gil, que estás perdoado»
[nota, em data posterior: durou uns dias a «Espuma» provocada pelas duas propostas de Envelope - pôr-se no Papel (no Lugar?) de Alcoviteira ou de «Menina para os cónegos da Sé» - provavelmente, nem com muita imaginação....]
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
«Camões e a Tença...»
- desta vez, não se convoca aqui o conhecido poema de Sena..., ; viu-se o «Expresso», Revista «E», de 29 de Janeiro, para ler o artigo de António Valdemar - uma súmula biográfica, informada, com destaque para as questões que permanecem (e permanecerão) «em aberto»;
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Ilustração de Helder Oliveira |
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
«Aquele que trouxe o corpo erótico para a poesia»
- Centenário do Nascimento:
- Artigos de Luís Miguel Queiroz, no Ípsilon, com depoimentos e referências várias à Oficina: AQUI e AQUI
RECORTE: [Rosa Maria Martelo]:“Eugénio traz o corpo erótico para a poesia de maneira muito afirmativa, por vezes eufórica até [...]
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Retrato - Jorge Ulisses, 1980 |
- 10 poemas, transcritos no ípsilon, a 20 de janeiro;